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Marques Mendes: “Rio e Cristas são atores secundários”

Marques Mendes: “Rio e Cristas são atores secundários”

No âmbito da terceira semana de Economia de Braga, realiza-se esta quinta-feira, o Fórum Económico. Durante o evento tem lugar o ECO Talks com Marques Mendes. Acompanhe aqui em direto.

Braga acolhe pelo terceiro ano consecutivo a semana de Economia, decorrendo esta tarde de quinta-feira, o Fórum Económico. Um evento que pretende ser uma mostra do potencial económico e de inovação do concelho e da região. Dedicado ao tema da Inovação e Investimento.

Com esta edição, dedicada à Inovação e Investimento, a InvestBraga pretende passar do conceito “made in Braga”, para o “invented/designed in Braga”. Inserido no programa da tarde, está o ECO Talks, uma conversa entre o publisher do ECO, António Costa, e Luís Marques Mendes, advogado e atual comentador político. Acompanhe aqui em direto.

Momentos-Chave

23 Maio, 201816:04

Arranca agora o ECO Talks com Luís Marques Mendes

Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:07 Empresas têm três grandes desafios: inovação, internacionalização e digitalização Marques Mendes diz que as empresas têm três grandes desafios: digitalização, internacionalização e inovação. “São três desafios essenciais, na questão da inovação temos que ser persistentes e obrigar o Estado a ser mais ágil”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:10 “Portugal está na moda e não temos problemas de identidade”

Sobre a questão de falta de escala, Marques Mendes diz que “em equipa que gsnha não se mexe, são objetivos que temos definidos há anos, e que temos que manter, até porque estamos no bom caminho”.

“Estamos a viver um bom ciclo, no plano interno e no plano externo”, adianta. Para Marques Mendes, “Portugal e está na moda em termos externos, e estamos na moda por duas razões: o défice zero aumentou-nos a credibilidade, e somos dos poucos países sem crise de identidade como muitos outros” Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:12

“Não temos anticorpos”

Para o advogado, Portugal é um país pequeno que “não tem anticorpos lá fora, somos sempre bem acolhidos no exterior e isto é um bom ciclo no plano externo pelo que devemos manter a estratégia e aumentar a ligação entre empresas e universidades”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:16

Fundos comunitários? “Vai haver um murro no estômago na próxima semana”

Sobre os fundos comunitários vamos ter notícias na próxima semana, avança o comentador. Pelos dados que se conhecem “não são muito positivos, poderemos ter um corte de perto de 20%”. E isto é tanto mais significativo na medida em que “houve um acordo entre o PS e o PSD”. E porque é que isto acontece? Marques Mendes responde: “O crescimento das receitas é praticamente nulo, há uma quebra devido à saída do Reino Unido, depois há critérios introduzidos como o PIB, e foram introduzidos critérios que não são positivos para Portugal. “Vai haver um murro no estômago na próxima semana”, adianta Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:17 “Governo tem grande credibilidade na Europa” “O PS e o PSD europeu são os que têm o maior poder e o governo português tem uma grande credibilidade na Europa e o principal partido da oposição tem grande peso na sua família politica”, refere Marques Mendes. Para logo a seguir dizer que “é preciso negociar”, Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:20 Macron é o Obama da Europa

“Isto tem muito a ver com a Europa que temos e a Europa que queremos ter”.

Sobre a reforma da zona euro “vai haver grandes discussões nos próximos tempos”. De resto, adianta Marques Mendes, “a Europa está em boa fase, cada eleição na Europa é um susto e houve um conjunto de sustos que foram ultrapassados”. “Agora temos o Brexit que é um fator de incerteza”, acrescenta. “A Europa tem agora uma boa oportunidade, o presidente francês é o Obama da Europa, e portanto há grandes oportunidades e até a questão financeira” Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:21

Leste europeu é um problema

Luís Marques Mendes diz que “o leste europeu é um problema”. Para dizer que “é preciso ter um optimismo contido”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:26 Orçamento do Estado vai ser aprovado Para o comentador “até outubro não vai haver instabilidade”. O mesmo é dizer que “esta legislatura até ao fim”. Para Marques Mendes o “orçamento de Estado vai ser aprovado”, porque é “assim que funciona a gerigonça”. Já para depois de 2019, “podemos ter um problema sério com instabilidade depois das eleições”. Para Marques Mendes, “a gerigonça não é repetível” e ” um bloco central não vai acontecer”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:28

“Estou optimista para este ciclo, mas não para o seguinte”

Marques Mendes recomenda que o PSD/CDS reclamasse um projeto para ter maioria absoluta o PS a mesma coisa”. Resumindo, avança, “estou optimista neste ciclo, mas não para o seguinte” Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:30 Não há reformas de fundo nesta legislatura”

O comentador diz que “não há reformas de fundo nesta legislatura”. E adianta: “andamos todos felizes com o crescimento económico, mas a Irlanda está a crescer 5%, mais do dobro de Portugal”.

“Com um crescimento de 2% não vamos a lado nenhum”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:32 “Sou de defensor de acordos partidários”

Se fosse líder da oposição? Ri-se e comenta: “sou contra um governo de bloco central, mas sou defensor de acordos”. E dá o seu exemplo pessoal: “apesar do líder do PS ser o Sócrates, com que me entendi sempre mal, mas fomos capazes de por os estados de alma de lado, e chegamos a acordo em várias matérias”. Entre as matérias estava a reforma do poder autárquico e um pacto para a justiça, por exemplo.

Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:33 Imagem de Mónica Silvares Mónica Silvares https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:36 “Acordos entre PS e PSD são simbólicos”

“Os acordos entre o PS e o PSD são simbólicos porque não têm conteúdo”, diz Marques Mendes. “Não tem estratégia”, “são acordos de brincadeira”, refere.

A principal reforma que devia haver é mais mérito nos decisores políticos. “As pessoas boas não vão para a vida política, logo não pode aspirar a ter as reformas políticas”. As reformas, acrescenta o comentador, por exemplo no caso da saúde, “são reformas que ninguém quer fazer”. Para Mendes só há uma solução “ou abre os cordões ao OE ou as classes mais elevadas têm que pagar”. Para Mendes é “preciso fazer escolhas”. E alerta: “o SNS não vai acabar mas vai dgradar-se” Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:39 “Qualidade dos decisores políticos tem piorado” “Precisamos de melhorar a qualidade o decisor político e isto faz-se com uma reforma do sistema eleitoral”, defende Marques Mendes. Para o comentador político “é preciso que haja responsabilidde” não se pode ser “eleito por estar no partido”. É por isso que diz “as coisas funcionam melhor na vida autárquica”. Para Marques Mendes, “a qualidade do decisor político tem piorado ao longo dos anos”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:42

Antecipar eleições? Acho que não.

“Seria um péssimo sinal a nível externo, ainda que as razões fossem bondosas, mas o resultado final seria a ideia de um país instável”. Marques Mendes diz que a solução menos má “é a de cumprir a legislatura” e “esperar entendimentos entre quem governa e quem aspira a ser governo”. E deixa um alerta: “os acordos ou se fazem logo nos anos iniciais ou não se fazem”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:46

Rio é um ator secundário

Sobre Rio, Marques Mendes diz que “este está numa fase melhor do que estava no início”. Para o comentador, o problema é mais sério: “o ator principal está em Belém e chama-se Marcelo, e o outro está em S. Bento e chama-se António Costa”. E os restantes atores (Assunção Cristas e Rio)”não contam muito”. Para Marques Mendes “a oposição em Portugal não condiciona, mas Rio está melhor”. “Um líder quando chega às funções tem que ter todo o programa na cabeça. “São atores secundários, o governo comete erros todas as semanas, mas a oposição é um ator secundário”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:49

Marcelo vai ter que ter muito protagonismo no pós 2019

Marques Mendes que é conselheiro de Estado diz que “Marcelo está a fazer um bom trabalho, vai ser reeleito e está a cumprir muito, muito bem a função”. O advogado diz mesmo que “penso que para a maior parte do país está acima das expecativas”. Para 2019, “Marcelo vai ter que ter muito protagonismo, quer queira, quer não queira”. Até porque “é um grande defensor da estabilidade política” e por isso reforça “na fase final do seu mandato vai ter grande protagonismo”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:50 Imagem de Mónica Silvares Mónica Silvares https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:52 Marcelo é autêntico. “Marcelo é autêntico” diz Marques Mendes. E sobre as selfies adianta: “ele sempre foi assim, é genuíno e autêntico”. Para Marques Mendes, “Marcelo é genuíno, mas não é parvo e ele sabe que populariedade é poder”. Marques Mendes diz mesmo que “vai ter utilizar esse poder que a grande populariedade lhe dá, e isso vai ser no início da próxima legislatura”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:56

“Não estou pessimista, mas…”

Marques Mendes diz que não quer ser visto como pessimista. “Não estou pessimista, mas sim realista. Portugal aguentou o período da troika, tem um défice praticamente zero, e não temos uma crise de identidade, mas não temos de populismo, podemos ter esse risco, mas não temos ainda, e isto deve ser uma vantagem”, refere. Ainda assim, esclarece “temos que crescer mais e diminuir o endividamento, temos que resolver o problema da falta da diminuição da população e portanto temos que olhar para a migração”. E faz apelo que a classe política seja mais formiga e menos cigarra, que é como quem diz ” alguém que produza e não apenas distribua”. Imagem de Elisabete Felismino Elisabete Felismino https://eco.pt/5QY0u 23 Maio, 201816:56

Acaba assim este ECO Talks, a partir de Braga, cidade onde se discute a inovação e o investimento.

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