www.dinheirovivo.ptdinheirovivo.pt - 23 mai. 20:55

Portugueses da Sensi criam controlo remoto para instrumentos musicais

Portugueses da Sensi criam controlo remoto para instrumentos musicais

Dispositivo sem fios vai começar a ser comercializado nos próximos meses através de campanha de crowdfunding

A “Internet das Coisas” (IoT) chegou ao mundo da música. Os portugueses da Sensi criaram o Sensi M, um dispositivo sem fios que cabe no bolso e que pode ser fixado a qualquer instrumento e criar novos efeitos, sobretudo ao vivo. Esta tecnologia foi desenvolvida pela startup fundada por João Neves. O produto vai começar a ser comercializado nos próximos meses e receber mais módulos.

“Quando usado/aplicado num instrumento, o Sensi M permite usar a interação com efeitos sonoros desse mesmo instrumento de uma forma criativa e expressiva ou permite a interação do som outros instrumentos”, explica este fazedor ao Dinheiro Vivo. Este dispositivo é como “um simples controlo remoto que pode ser usado para controlar qualquer parâmetro de um efeito sonoro, basta que para isso o utilizador defina a priori qual é esse parâmetro”.

Além de ser portátil, este dispositivo não deixa marcas ou sujidade e também pode ser utilizado a solo, controlando instrumentos virtuais instalados em computadores, smartphones e tablets.

O Sensi M, entretanto, vai receber dois módulos nos próximos meses e que estão atualmente a ser desenvolvidos. Trata-se do Pressure Atom, interface sensível ao toque; e do Turn Atom, que conta com um botão para controlar as operações.

Depois desta apresentação, a Sensi vai lançar, no segundo semestre, uma campanha de crowdfunding para começar a comercializar este produto.

História

A Sensi começou em 2016 graças ao programa Momentum, que pretendia dar acesso a um ano de incubação gratuita, com direito a um quarto na residência da Startup Lisboa e a uma bolsa de 500 euros mensais, a jovens recém-licenciados, oriundos de famílias em situações económicas precárias.

João Neves venceu este programa com a ideia de negócio inicial de prestar um serviço de consultoria a músicos. Construir-lhes instrumentos personalizados de acordo com as suas necessidades, utilizando a tecnologia desenvolvida pelo fazedor, na construção da Sensi Guitar.

Por exemplo, um piano que tivesse um botão que permitisse controlar as luzes de uma sala de concerto. Ou uma bateria com um sensor que regulasse o volume da voz de um vocalista, contou este fazedor em entrevista ao Dinheiro Vivo em março de 2017.

João Neves era o mais novo de quatro irmãos, filho de um mecânico e de uma doméstica. Tinha terminado recentemente a sua licenciatura em Música Eletrónica e Produção Musical, na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco.

O seu trabalho final tinha sido uma guitarra elétrica, construída por si, com sensores que a ligavam, recorrendo a tecnologia wireless, a outros dispositivos que conseguia controlar através do instrumento.

A ideia de negócio inicial era prestar um serviço de consultoria a músicos. Construir-lhes instrumentos personalizados de acordo com as suas necessidades, utilizando a tecnologia desenvolvida pelo fazedor, na construção da Sensi Guitar.

Por exemplo, um piano que tivesse um botão que permitisse controlar as luzes de uma sala de concerto. Ou uma bateria com um sensor que regulasse o volume da voz de um vocalista. “Mas os custos iam ser altos e era difícil escalar com essa ideia. Para além disso, os músicos não se iam querer desfazer dos seus próprios instrumentos. Na verdade, só queriam adaptá-los a necessidades específicas que tivessem.”

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