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Transportes. Portos comerciais movimentam menos carga em Janeiro

Transportes. Portos comerciais movimentam menos carga em Janeiro

Os portos comerciais movimentaram 7,7 milhões de toneladas em Janeiro, menos 7,5% do que em período homólogo do ano anterior, segundo dados hoje divulgados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Segundo o relatório da AMT, este valor é o segundo mais elevado de sempre nos meses de Janeiro, depois de em 2017 ter constituído o volume máximo observado nestes períodos.

“No entanto, é importante referir, desde já, que o facto de estarmos a analisar apenas um mês de actividade e de efectuarmos a respectiva comparação com o mês homólogo anterior, relativiza o resultado da avaliação do comportamento do mercado, atenta a significativa irregularidade e dispersão da distribuição mensal do valor do volume de carga movimentada”, refere a autoridade.

De acordo com os dados, o comportamento global negativo associado à variação referida foi determinado fundamentalmente pelo porto de Sines, que comparativamente ao volume registado em Janeiro de 2017, movimentou agora menos 878,3 mil toneladas, correspondente a uma queda de 18,8%.

Esta variação negativa foi ainda ligeiramente corroborada pelas quebras registadas em Setúbal e Faro (-3,6% e -45,8% respectivamente, -25 mil toneladas no conjunto) e anulou em absoluto as variações positivas observadas em todos os outros portos, das quais se destacam as de Leixões e de Aveiro que lhes conferem a natureza de melhores marcas de sempre nos meses de Janeiro, após crescimento respectivo de 2,1% (mais 34,9 mil toneladas) e 43% (mais 152,2 mil toneladas).

A AMT destaca ainda o desempenho positivo dos portos da Figueira da Foz, Lisboa e Viana do Castelo que reflecte incrementos respectivos de 36,4% (mais 52,6 mil toneladas), 3,1% (mais 29,2 mil toneladas) e 55,2% (13,5 mil toneladas).

“O efeito mais notável do desempenho dos portos no mês de Janeiro de 2018, a nível da estrutura do volume de carga movimentada é a quebra de 6,9 pontos percentuais da quota do porto de Sines, quedando-se para 49,2% do total e perdendo a quota maioritária absoluta”, refere a autoridade.

Este comportamento de Sines induz um crescimento das quotas de todos os outros portos, com excepção de Faro, destacando-se Leixões e Lisboa com subidas de 2 e 1,3 pontos percentuais, subindo para 21,6% e 12,7%, respectivamente.

Os portos que apresentam um perfil ‘exportador’, conferido pelo facto de registarem um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, continuam a ser Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro, cujos ratios de ‘embarque’ sobre ‘total’, no mês de Janeiro de 2018 registaram, respectivamente, os valores de 80,1%, 64,7%, 56,2% e 100%.

Sublinha-se, no entanto, que o volume agregado da carga embarcada por estes portos representou apenas 15,3% do total, dos quais 9,8% cabem a Setúbal, refere o documento.

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