Flash - 17 mar. 05:00
Onde está o Oli?
Onde está o Oli?
Miguel Oliveira, o campeão da espontaneidade com aquele são ossos do ofício.
Miguel Oliveira, o campeão da espontaneidade com aquele "são ossos do ofício".
"Onde está o Wally?" Onde, não. Quando? O Wally existe desde 1987 e é uma criação do londrino Martin Handford, em que o leitor tem de encontrar o Wally no meio da multidão e sempre vestido com camisa com listas vermelhas e brancas na horizontal, gorro da mesma cor e calças azuis, óculos e bengala.
Consoante o país, o Wally muda de nome. Walter, na Alemanha; Holger, na Dinamarca; Valle, na Suécia, Valik, na República Checa; Volli, na Estónia; Jura, na Croácia. E Oli no Moto2. Como? Como, não. Onde. Agora é que é: onde está o Oli? Nas corridas de Moto2. Aparece sempre um Oli. E é nosso, de Portugal. Falamos de Miguel Oliveira. Tímido e, ao mesmo tempo, divertido.
Em 2015, na ressaca de uma queda aparatosa, encontrámo-lo no restaurante dos pais, encostado à praia, na Costa de Caparica. E ele, à pergunta sobre "tudo fixe numa nice?", desarma-nos com "são ossos do ofício". A expressão sai-lhe naturalmente e ele ri-se sem querer. Campeão da espontaneidade.
Na pista, o currículo é igualmente impressionante: nove vitórias, 22 pódios, quatro poles e nove voltas mais rápidas em 111 corridas desde 2011 (Aprilia) até 2017 (KTM). Na estatística final, vice-campeão de Moto3 em 2015, terceiro classificado de Moto2 em 2017. Só lhe falta um lugar do pódio.