www.cmjornal.ptFrancisco José Viegas - 18 dez. 00:30

Blog

Blog

Não compreendo os apaixonados pelos carros da chamada condução autónoma.
Se há coisa de que não entendo nada é a da indústria automóvel; mas, menos ainda, a dos apaixonados pelos carros da chamada "condução autónoma", ou seja, sem intervenção humana. Um recente estudo dá-me razão: parece que 70% dos europeus querem continuar a guiar os seus carros, mesmo que o sistema de controle sem condutor seja fiável.

Compreendo: nós conduzimos um carro, entre outras razões, porque temos prazer nisso, porque podemos decidir o nosso próprio grau de autonomia – e porque não gostamos de abdicar dela. É ridículo meter três pessoas num carro entre Lisboa e o Porto, circulando pela autoestrada a 120 km/h, quando se pode viajar mais rápida e comodamente num comboio ou avião.

Imagino o que fazem essas três pessoas lá dentro, sem ninguém a conduzir; falam do carro que ninguém está a conduzir. "Olha como ele acelera", ou "será que ele vai ultrapassar?" – assim seriam as conversas, ainda mais ridículas a meio de um congestionamento. Se alguém não gosta mesmo de conduzir um carro, então que não empate. Não faça é figura de totó.

LIVROS DO ANO (1)
Um dos poetas mais ignorados do séc. XX foi publicado na antologia organizada por Pedro Mexia e posfaciada por Eugénio Lisboa: ‘Nada Tem Já Encanto’ (Tinta da China) reúne poesia de Rui Knopfli.
NewsItem [
pubDate=2017-12-18 01:30:00.0
, url=http://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/francisco-jose-viegas/detalhe/20171218_0057_blog
, host=www.cmjornal.pt
, wordCount=212
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2017_12_18_451738801_blog
, topics=[porto, opinião, lisboa, transportes, condução, indústria, economia, negócios e finanças, autónoma, carros]
, sections=[opiniao, economia, sociedade]
, score=0.000000]