rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 18 dez. 15:31

No Iraque já não há califado, mas há bacalhau com azeite para o Natal

No Iraque já não há califado, mas há bacalhau com azeite para o Natal

O ministro da Defesa visitou esta segunda-feira os militares portugueses que se encontram no Iraque, com a missão de preparar o exército local para o combate aos terroristas.

O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, viajou esta segunda-feira para o Iraque para “dar um abraço” aos soldados portugueses que lá se encontram.

"Quando no Iraque temos 32 militares que estão a participar com brio numa missão e que estão sem poder regressar para junto dos seus, vem o ministro dar-lhes um abraço e dizer-lhes o quanto os respeita e o quanto estão a fazer um trabalho magnífico”, disse o ministro da base de Besmayah.

Acompanhado pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, e pelo chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, o ministro da Defesa assistiu a um desfile das forças em parada e cantou o Hino Nacional com os militares, com quem almoçou em seguida.

Numa breve intervenção, depois das honras militares, o ministro da Defesa Nacional referiu-se à missão dos portugueses no Iraque como uma missão "de que não se fala ainda o suficiente" apesar da "sua importância para a construção da paz".

"Através de vós, se representa em muito todos aqueles que neste Natal não vão poder estar em casa, com as mulheres, com os filhos, com os pais", sublinhou, referindo ainda os militares portugueses na República Centro Africana e nas outras missões no estrangeiro.

No Iraque desde Novembro do ano passado, os militares que actualmente compõem o contingente português têm regresso marcado para Maio. Até lá apertam as saudades e o Natal vive-se longe da família, mas com alguns mimos que sabem a Portugal, como explica o comandante das forças portuguesas, dizendo que “obviamente” não faltarão o “bacalhau com azeite”.

A recente declaração de vitória sobre o autoproclamado Estado Islâmico por parte do Governo iraquiano não alterou a missão da coligação internacional no terreno, onde os 32 militares portugueses dão treino e formação, registando-se, contudo, uma mudança no nível da ameaça.

"Para a nossa missão aqui não houve nenhuma alteração. A nossa missão é formar e treinar as forças do Exército iraquiano. A declaração da vitória militar contra o Daesh [Estado Islâmico] não trouxe nenhuma implicação à missão que é treinar as forças", disse aos jornalistas o comandante, que não pode divulgar o nome devido a regras da coligação internacional. O comandante explicou por outro lado que o anúncio do fim da guerra, "por si só, não alterou o nível de ameaça".

"Quer dizer que o Daesh controlava o território no Iraque e neste momento isso não acontece. A táctica a que se pressupõe que o Daesh vá recorrer é a insurgência, que implica o recurso a engenhos explosivos improvisados", disse.

Antecipando esse cenário, os militares que integram a coligação internacional estão mais atentos ao eventual recurso a engenhos explosivos improvisados, o que, até ao momento, ainda não aconteceu, acrescentou o comandante do contingente português em missão no Iraque, o 6.º, da Brigada Mecanizada.

Em todos os outros parâmetros de risco, o nível de ameaça mantém-se inalterado, acrescentou.

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