observador.ptobservador.pt - 18 dez. 17:14

Há uma criança britânica com um superpoder: reconhecer rostos

Há uma criança britânica com um superpoder: reconhecer rostos

Reconhece pessoas que viu quando tinha 5 anos. Identifica pessoas que viu na televisão. A mãe quis perceber e decidiu pôr a filha de 14 anos nas mãos da ciência. É uma super-reconhecedora.

Uma criança britânica foi diagnosticada com um superpoder: reconhecer rostos. O diagnóstico veio agora, mas a família já há muito se tinha apercebido da capacidade da miúda: a britânica reconhece pessoas que viu quando tinha 5 anos, mesmo aquelas que mudaram de aparência ao longo do tempo, e identifica e reconhece facilmente pessoas que viu a passar na televisão mesmo que por segundos.

A mãe da criança levou a filha agora com 14 anos ao consultório de Sarah Bate — uma especialista na área que estuda pessoas que têm habilidade de reconhecer rostos. Sarah Bate estudou a criança e o resultado foi publicado no final do mês passado, num estudo intitulado “Super-reconhecimento em desenvolvimento: o estudo de um caso de uma adolescente com extraordinárias capacidades de reconhecimento facial”.

Sarah comparou os resultados aos de outras crianças da mesma idade e aos adultos com a mesma capacidade e fez o diagnóstico: a criança britânica é uma super-reconhecedora.

O desempenho da criança, em múltiplas tarefas, indica que ela é uma super-reconhecedora”, disse Sarah Bate, citada pelo jornal espanhol El País”.

A criança tem um QI normal e um único poder: gravar na sua memória as características das pessoas. Bate explica que as pessoas como a criança britânica veem as “características todas juntas como um todo e não de forma fragmentada”. Isto acontece porque, em vez de olharem para os olhos das pessoas, os super-reconhecedores concentram-se no centro do rosto e fazem uma análise mais lenta do rosto das pessoas.

Descobrimos que ela olha principalmente para o centro do rosto, particularmente para a região no nariz”, explicou Bate.

Bate revela que, nos testes, a criança britânica não só alcançou resultados comparáveis aos de poucos adultos super-reconhecedores, como ultrapassou as suas capacidades em alguns casos.

Até à data, só tinham sido detetados casos de super-reconhecedores em adultos. Este é o primeiro caso de uma criança super-reconhecedora.

Sarah Bate está agora à procura de outras crianças com esta capacidade. Os cientistas querem descobrir se a habilidade de reconhecer rostos é uma capacidade inata ou adquirida.

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