eco.pteco.pt - 18 dez. 15:13

Portugal é o segundo mais dependentes da UE para investir

Portugal é o segundo mais dependentes da UE para investir

Eurodeputado considera que Portugal é o segundo país do bloco que mais dependeu da UE para investimento público, nos últimos dois anos. Só a Croácia está à frente de Portugal.

O eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes disse, esta segunda-feira, em Lisboa, que Portugal “é o segundo país da Europa que, entre 2015 e 2017, mais dependeu da União Europeia para o investimento público”.

“Mais de 75% do investimento público depende do orçamento da União Europeia, só a Croácia é que apresenta um valor superior. Temos também que começar a dizer o que é que queremos fazer com o nosso orçamento do Estado, em termos de financiamento”, disse José Manuel Fernandes, durante a sua intervenção no ciclo de conferências ‘Os Compromissos de Portugal com a Europa’.

Por sua vez, o economista Alfredo Marvão Pereira defendeu a necessidade de criação de um plano nacional de infraestruturas, o recurso a novos investimentos e a rentabilização das estruturas existentes. “É importante ter mais e melhores investimentos em infraestruturas e, para isso, precisamos de aprender com os erros do passado, rentabilizar as estruturas já existentes e investir em novas, de acordo com a sua racionalidade e visão estratégica. É tempo de criar um plano nacional de infraestruturas”, considerou.

Para Alfredo Marvão Pereira, Portugal passou de “uma indigestão” de investimentos e infraestruturas, entre os anos 90 e o início dos anos 2000, para “quase nada”. O também professor universitário estimou que, durante o período de referência, o investimento nacional em infraestruturas rondou cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano.

Marvão Pereira considerou também que os grandes desafios da economia portuguesa não sofreram muitas alterações nos últimos anos, uma vez que o país continua a não ter “dinâmica de crescimento económico”. Porém, ressalva que, em alguns aspetos, Portugal consegue ser um país mais moderno do que, por exemplo, os Estados Unidos, destacando a construção de estruturas como o Terminal de Sines ou o Alqueva. “Hoje em dia, tenho sensação de que venho de um país moderno [EUA], para um país, em algumas coisas, ainda mais moderno”, vincou.

O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Mineiro Aires, partilhou a mesma ideia, sublinhando a necessidade de definir “linhas mestras”, que orientem o futuro do país no que concerne à temática das infraestruturas e à forma de alcançar os objetivos delineados.

Já o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse que é importante “criar redes de infraestruturas que rentabilizem os investimentos efetuados”, acrescentando que um dos principais objetivos é assegurar a sustentabilidade ambiental. De acordo com Pedro Marques, “são cada vez menos, os que querem ignorar as alterações climáticas” e o papel da atividade humana para o aumento desse fenómeno. “Antes de nos pormos a construir novas infraestruturas temos que olhar para as que existem e ver como as podemos rentabilizar, adaptando-as, mobilizando-as e expandindo-as”, concluiu.

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