João Vaz - 17 dez. 00:30
Direitos e deveres
Direitos e deveres
Falta saber quem responde pela responsabilidade do Estado, que pagou muito e permitiu tudo.
O escândalo com a Raríssimas mostra tudo o que não devia acontecer e infelizmente não é raro: tráfico de influências em vez de relações transparentes com o Estado e dadores; gestão danosa onde se exigia rigor; abusos de poder e desvios de dinheiro; atropelos estatutários, nepotismo, arrogância e insensatez imparável. Chega-se ao ponto de surgirem acusações de maus-tratos a crianças utentes. O labéu não dá para ser tratado pela própria instituição.
Perante o caos revela-se pungente ouvir a presidente reclamar os seus direitos do bom nome e presunção de inocência aos relacionados com a atividade laboral, indemnização em caso de despedimento e subsídio de desemprego, sem se lembrar dos deveres que mandou às urtigas. É este desequilíbrio entre a prática de direitos e deveres que complica a vida em sociedade.
Falta ainda saber quem responde pela responsabilidade do Estado que pagou muito e permitiu tudo. Como assumem os membros do governo a afirmação solene, feita na posse, de pela sua honra, cumprir com lealdade as funções que lhes são confiadas. A todos os direitos e poderes correspondem deveres. Não há como fugir.
Perante o caos revela-se pungente ouvir a presidente reclamar os seus direitos do bom nome e presunção de inocência aos relacionados com a atividade laboral, indemnização em caso de despedimento e subsídio de desemprego, sem se lembrar dos deveres que mandou às urtigas. É este desequilíbrio entre a prática de direitos e deveres que complica a vida em sociedade.
Falta ainda saber quem responde pela responsabilidade do Estado que pagou muito e permitiu tudo. Como assumem os membros do governo a afirmação solene, feita na posse, de pela sua honra, cumprir com lealdade as funções que lhes são confiadas. A todos os direitos e poderes correspondem deveres. Não há como fugir.