expresso.sapo.pt - 22 nov. 07:30
Deputados que queiram consultar dados relativos ao assalto de Tancos vão ter de pedir autorização
Deputados que queiram consultar dados relativos ao assalto de Tancos vão ter de pedir autorização
Os documentos encontram-se fechados em envelopes dentro de um cofre, à responsabilidade do secretário-geral da Assembleia da República
Os documentos confidenciais entregues, há duas semanas, no Parlamento sobre que passou no assalto em Tancos vão ficar num cofre a que os deputados só podem aceder mediante pedido expresso, avança o “Público” esta quarta-feira.
Antes da audição de terça-feira, com o chefe de Estado-Maior do Exército, Marco António Costa, presidente da comissão, falou aos jornalistas.
“O senhor general explicou porque é que os documentos foram classificados, essas explicações pareceram-nos adequadas, e respondeu a todas as perguntas, dentro daquilo que é o seu conhecimento sobre os factos. Houve uma total transparência nas explicações que nos foram dadas”, disse.
Os documentos classificados pelo Exército como confidenciais dizem respeito à averiguação interna ordenada pelo ramo, explicou Marco António Costa.
Segundo o matutino, os documentos encontram-se fechados em envelopes dentro de um cofre, à guarda do secretário-geral da Assembleia da República. Nem o próprio presidente da comissão teve ainda acesso a eles, revelou Marco António Costa.
“Os documentos são confidenciais e continuarão guardados pelo secretário-geral [do Parlamento]. Terão acesso a eles os deputados efetivos da comissão de Defesa, sem prejuízo de os outros deputados poderem solicitar à mesa [da comissão] a sua consulta, sob registo, mas sem possibilidade de tirarem fotocópias ou usarem meios eletrónicos durante a mesma”, anunciou Marco António Costa.
Para além dos documentos sobre o inquérito ao que se passou em Tancos serem secretos, a Comissão de Defesa decidiu ainda que todas as audições seriam conduzidas à porta fechada e sem a presença de jornalistas.