www.jornaldenegocios.ptjornaldenegocios.pt - 22 nov. 09:27

Petróleo em máximos de mais de dois anos, juros continuam abaixo de 2%

Petróleo em máximos de mais de dois anos, juros continuam abaixo de 2%

A expectativa sobre o prolongamento dos cortes da OPEP e a redução de stocks no mercado norte-americano impulsionam o valor do petróleo em Nova Iorque. Já as 'yields' da dívida portuguesa continuam abaixo do limiar dos 2% à espera da decisão da Fitch.
Os mercados em números
PSI-20 ganha 0,05% para 5.294,06 pontos
Stoxx 600 sobe 0,05% para 388,30 pontos
Nikkei valorizou 0,48% para 22.523,15 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,1 pontos base para 1,918%
Euro sobe 0,26% para 1,1769 dólares
Petróleo em Londres soma 1,05% para 63,23 dólares

Bolsas somam pelo terceiro dia
Os principais índices europeus avançam, com os ganhos sustentados nas acções dos sectores da energia e das minas, depois de novos recordes em Wall Street e de máximos renovados nas praças asiáticas, perante optimismo em relação aos resultados empresariais no ano que vem e expectativa com a conclusão da reforma fiscal nos EUA.

A praça portuguesa acompanha o tom positivo, também a valorizar pela terceira sessão, embora com subidas limitadas. Os ganhos da Mota-Engil (superiores a 3%), da Pharol e da EDP (que recupera da queda de ontem, motivada por corte da recomendação e preço-alvo por parte da Morgan Stanley) compensam as descidas da Sonae, BCP e Galp - aqui em contraciclo com os avanços do preço do petróleo e no dia em que a Lusa noticia que a energética vai ficar com a totalidade da posição no bloco Camarão em Peniche.

A captar a atenção dos investidores ao longo do dia deverão estar possíveis desenvolvimentos políticos na Alemanha (onde se mantém o impasse político para a formação de novo governo, apesar de apoiantes de Merkel entreabrirem a porta a reeditar a grande coligação com o SPD) e à apresentação da proposta orçamental no Reino Unido.

Juros abaixo de 2% pelo oitavo dia
As 'yields' associadas à transacção da dívida portuguesa em mercado secundário negoceiam sem sinal comum, levando os juros no prazo a 10 anos a uma apreciação ligeira, de 0,1 pontos base para 1,918%, sendo esta a oitava sessão em que se mantém abaixo do patamar dos 2%.

A "yield" portuguesa no prazo de referência renovou hoje mínimos de Abril de 2015 nos 1,897%, enquanto o prémio de risco (diferencial para os juros pagos no mesmo prazo das obrigações alemãs) está nos 155,96 pontos, o valor mais baixo desde Abril de 2015. Para as obrigações italianas a distância é ainda mais curta, de 12,95 pontos base, o valor mais baixo desde Janeiro de 2010. Depois de a S&P ter tirado em 15 de Setembro a dívida portuguesa da categoria "lixo", a 15 de Dezembro será a vez da Fitch se pronunciar.

Moeda da Zona Euro em alta
O euro continua a ganhar terreno face ao dólar, numa altura em que o impasse na Alemanha continua e que o mercado aguarda pela divulgação das minutas da Fed referentes ao último encontro, em que decidiu manter inalterada a taxa de juro de referência. 

Depois da ruptura nas negociações entre a CDU de Merkel e os liberais do FDP e os Verdes, o que gerou um impasse político, os apoiantes da actual chanceler acreditam que esta situação pode terminar com uma coligação entre Merkel e Martin Schulz. Embora os sociais-democratas do SPD dêem sinais de descrença neste cenário.

Petróleo em máximos de dois anos em Nova Iorque
O preço do barril de petróleo tocou esta quarta-feira em Nova Iorque o valor mais alto desde Julho de 2015, perante dados de redução dos inventários semanais na maior economia do mundo, os Estados Unidos, e à espera de uma decisão na próxima semana por parte do cartel da OPEP para possivelmente estender, para lá de Março, os cortes de produção destinados a suportar os preços a nível internacional.

O preço do barril West Texas Intermediate já esteve a subir 2,02% para 57,98 dólares, enquanto o Brent negoceia em Londres a avançar mais de 1%.

Ouro sobe à espera das minutas da Fed
O preço da onça de ouro avança pela segunda sessão, perante as quedas do dólar e numa altura em que os investidores aguardam pela divulgação das actas da última reunião da Reserva Federal, nas quais tentarão antecipar os próximos passos da autoridade monetária na redução dos estímulos ao mercado, nomeadamente o ritmo de subida de juros.
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