expresso.sapo.pt - 18 out. 18:07
O 5G está a chegar
O 5G está a chegar
É impossível sentar-se num café, entrar num autocarro ou caminhar na rua sem encontrar alguém (ou muitos) com os olhos fixos naquela tela pequena que nos liga ao mundo (e se não estivermos atentos, afasta-nos dele com a mesma facilidade).
A causa desse fenómeno que que é comum em várias partes do mundo é, claro, a internet. Para aqueles que têm idade suficiente para se lembrar dos antigos modems - aquelas caixas enormes que permitiam ligar-se a uma rede incipiente -, os cabos telefónicos e a exasperante lentidão do carregamento das primeiras páginas da web (texto puro e talvez alguma foto; um vídeo seria uma utopia), a possibilidade de ter acesso à Internet na palma da mão é pouco menos do que um milagre. Desde o aparecimento do iPhone em 2007, o esforço tecnológico permitiu um incrível crescimento do desempenho da internet. Tanto assim é que estamos habituados a navegar com 4G. E que muito em breve chegará a nova geração, 5G, que definitivamente mudará a maneira como nos relacionamos com os nossos smartphones.
Embora a chegada do 5G esteja anunciada para 2020, Santiago Tenorio, diretor de Rede do Grupo Vodafone, adverte o mais impaciente que não haverá uma mudança instantânea. Porque nunca é assim quando falamos de tecnologia. O que teremos é uma evolução gradual que, sim, acabará por abrir as portas a uma série de serviços que, graças à velocidade de ligação mais rápida e com menor latência (tempo de resposta) do 5G, estabelecerá definitivamente a esperada "Internet das coisas". Até 2020, espera-se que mais de 50.000 milhões de aparelhos e dispositivos estejam ligados à internet.
Santiago Tenorio acredita que em muito pouco tempo veremos desenvolvimentos interessantes que trarão não só uma mudança nas telecomunicações, mas também no nosso modo de vida: "Em algum momento nos próximos três ou cinco anos, acredito firmemente que a nossa maneira de nos relacionarmos com a tecnologia e a Internet irá evoluir. Isto de estarmos diante de uma tela retangular, seja no computador ou no smartphone ou tablet ou onde quisermos, é um atraso. Acredito sinceramente que algo vai acontecer e que vamos usar a tecnologia de uma forma mais natural, mais aberta aos outros, mais empática".
Texto: José L. Álvarez Cedena
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