Flash - 18 out. 07:00
Vinte anos depois ela até sabe de bola
Vinte anos depois ela até sabe de bola
Este ano, a TV Guia ganhou o prémio de melhor revista de televisão e a Flash!, que passou para o digital, lidera no seu segmento. Como se fosse pouco, a Luísa, que na última jornada da Liga acertou em cheio nos três resultados - uma raridade em 14 anos de TotoRecord - estará já esta sexta-feira à frente dos especialistas do desportivo cá da casa.
Caía o ano de 1997 quando conheci a Luísa Jeremias nas instalações do extinto diário 24horas, que estava a constituir a equipa de jornalistas. Foi um contacto breve porque eu era chefe de redação e deixei de ser, e ela cedo regressaria a A Capital. Reencontrámo-nos em 2001, quando fui dirigir o Tal&Qual e a convidei para chefiar a equipa redatorial. Segurámos a barra - ajudando também a fazer renascer o projeto do 24horas - até ao final de 2002, altura em que eu já negociava a minha transferência para o Record. Ela disse-me então que precisava de um novo desafio e que ia aceitar o desafio para ser diretora da revista TV 7Dias, que ficara sem o Nuno Farinha, recrutado pela Cofina para a TV Guia.
Em 2008, num processo que pude acompanhar de perto, a Luísa viria por sua vez a ser contratada pela Cofina para liderar a TV Guia, que Nuno Farinha entretanto abandonara para ser diretor adjunto do Record, veja-se as voltas que a vida dá. No início de 2009, ela acumulou o cargo com o da direção da Flash!.
Sim, duas décadas depois, ela até percebe de bola. Perceber não percebia, mas aprendeu!
OBSERVADOR
Só para Costa
Na segunda-feira em que escrevo esta coluna prevê-se para quarta o anúncio da candidatura de Rui Rio à presidência do PSD e aguarda-se que Pedro Santana Lopes avance também para um duelo grisalho de punhos de renda.
Paulo Rangel, que após a bênção de Passos Coelho mais facilmente conquistaria o aparelho e poderia mandar, retirou-se antes de se apresentar, e Luís Montenegro, que se afastou da liderança parlamentar com a precisão de um relógio suíço, optou por intervir por fora. Duplo de Passos, este não é o seu tempo.
São good news para António Costa, que de uma assentada acordou de dois pesadelos. É que tanto Rangel como Montenegro se distinguiram, ao longo dos últimos dois anos - um na televisão e o outro no Parlamento -, como os mais duros na argumentação em desfavor do Governo e do primeiro-ministro, sempre com recurso ao tom agreste e pisando mesmo a fronteira do desagradável. Porque sabem que as águas mornas são medicinais para Costa.
Mas a invocação de razões "familiares" ou "pessoais e políticas" assenta, afinal, num raciocínio de bom senso: se o diabo não vier entretanto, o PSD perderá as eleições de 2019. Até lá, Santana e Rio que tratem de correr para o mar. Só a seguir chegará para o PSD - e talvez para o País - o tempo da renovação e do futuro.