www.sabado.ptFlash - 18 out. 04:53

Um Ministério chamado ajuda

Um Ministério chamado ajuda

Neste momento, propunha um ministério de ajuda às vítimas, supra-partidário e criado de raiz. Para coordenar a nível internacional toda a ajuda que venha, com uma organização ágil que nos implique a todos.

Queremos ajudar e ainda não sabemos como. A ajuda a Pedrógão Grande está a ser o que se vê e o que não se vê. Estamos profundamente decepcionados e sabemos que não chega ficar de luto três dias. Neste momento, propunha um ministério de ajuda às vítimas, supra-partidário e criado de raiz. Para coordenar a nível internacional toda a ajuda que venha, com uma organização ágil que nos implique a todos.

Se foi houve dinheiro para as eleições, também será possível convocar todos os portugueses para uma acção pessoal e colectiva. Seja qual for o poder que a represente, até podem ser vários. Há muitos anos que o Ministério da Agricultura mais parece um verbo de encher. A Administração do Território nunca existiu, basta olhar para a nossa costa, em terra ou através de uma foto da NASA. A reclamada reforma florestal está entre aspas. Pode ser um caminho mas não será o único.

Mas e até lá, como aliviar o país do cenário de cinzas? Uma amiga achou que devíamos ir plantar árvores para os sítios. A ideia para além de boa, é bonita. Não temos mais tempo para desbaratar recursos, mesmo os nossos, pessoais e solidários. Temos responsabilidade quando não olhamos para o que se passa na rua ou até em casa do vizinho do lado.

Que não nos podemos calar é um dado adquirido. Temos de agir, em homenagem aos que partiram e aos que ficaram. De dar o corpo, os bens ou o dinheiro que podemos ao manifesto mais doloroso das últimas décadas. Sejamos ágeis e inteligentes. 

Há um ano, o SiBS (Sociedade Interbancária de Serviços) dava conta que o consumo no Natal de 2016, aumentara, como sinal de confiança e económico pós-troika. Anda bem. Porque não desviar parte desse consumo para ajudar as vítimas? Elas são a nossa prioridade. E não pode ser durante uma semana ou duas. Um luto demora anos. Não podemos esperar para ajudar. Digam-nos como. Estamos prontos.

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