expresso.sapo.ptexpresso.sapo.pt - 22 ago. 13:02

Presidente afegão saúda “compromisso duradouro” de Trump no Afeganistão

Presidente afegão saúda “compromisso duradouro” de Trump no Afeganistão

Ashraf Gani agradeceu a Donald Trump e afirmou, em comunicado, que a estratégia anunciada pelo Presidente norte-americano “coloca um ênfase particular no apoio à Força Aérea, duplica o número de tropas especiais afegãs e aprofunda a capacidade da NATO para treinar, aconselhar e assistir a Defesa Nacional e as Forças de Segurança do país”

O chefe de Estado afegão, Ashraf Ghani, saudou esta terça-feira a estratégia dos EUA anunciada por Donald Trump, que revela um “compromisso duradouro” do Presidente norte-americano no Afeganistão.

“Estou agradecido ao Presidente Trump e aos norte-americanos por esta confirmação de apoio aos nossos esforços para atingir a autonomia e a luta conjunta para libertar a região da ameaça do terrorismo”, afirmou Gani, num comunicado da presidência afegã divulgado no Twitter.

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Na segunda-feira à noite (terça-feira de madrugada em Lisboa), Donald Trump defendeu que os EUA devem continuar a lutar no Afeganistão para evitar os “previsíveis e inaceitáveis” resultados de uma eventual retirada rápida do país, que, na sua opinião, iria criar um vácuo que seria ocupado “imediatamente” por grupos terorristas como o autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) e a Al-Qaeda.

Uma vez que até agora Trump tinha defendido a retirada das tropas norte-americanas, ontem sentiu necessidade de justificar a sua mudança de atitude. “O meu instinto era retirar e normalmente eu sigo o meu instinto, mas em toda a minha vida ouvi sempre que as decisões são muito diferentes quando se está sentado à secretária da Sala Oval”, disse o Presidente, a partir da base norte-americana em Fort Myer, no sudoeste de Washington. Depois de uma análise “sob todos os ângulos” da situação no Afeganistão, Trump concluiu que as “ameaças de segurança” que os EUA “enfrentam no país e na fronteira da região são imensas”.

O Presidente norte-americano recusou-se a discutir se vão ser enviadas mais tropas para o território afegão, assim como também não quis falar sobre os “planos para atividades militares adicionais”. “As condições no terreno, e não calendários arbitrários, vão guiar a nossa estratégia daqui para a frente”, afirmou. Para concluir, disse que o povo norte-americano está “cansado da guerra sem vitória” e que ele próprio partilha essa “frustração”. “No final, vamos ganhar.”

Sem também referir números ou outros dados concretos, o Presidente afegão sublinhou, no comunicado, que a estratégia anunciada por Trump “coloca um ênfase particular no apoio à Força Aérea, duplica o número de tropas especiais afegãs e aprofunda a capacidade da NATO para treinar, aconselhar e assistir a Defesa Nacional e as Forças de Segurança do país”.

Ashraf Ghani afirmou ainda que a prioridade do seu Governo é “acelerar a sua agenda de reformas rigorosas para erradicar a corrupção e aumentar a eficácia e a transparência”. Observou também que o objetivo último por detrás de todos os seus esforços é alcançar a paz, tida como a “grande prioridade”.

“A aliança entre os Estados Unidos e o Afeganistão está mais forte do que nunca no objetivo de acabar com a ameaça do terrorismo. (...) O fortalecimento das nossas tropas deve mostrar aos talibãs e a outros que não conseguem alcançar uma vitória militar”, disse o Presidente afegão.

Atualmente, os EUA têm cerca de 8400 tropas destacadas no Afeganistão. Durante a administração Obama, chegaram a estar 100.000 militares naquele país.

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