Entendo perfeitamente o desencanto de Manuel Machado, mas por aquilo que se vai vendo a tendência será a dos grandes deixarem para trás a maioria dos outros por números expressivos.

Pede o treinador do Moreirense a intervenção de quem manda no futebol para que se encurtem tais distâncias. Mas, de que forma? Tectos salariais? Orçamentos mais nivelados? Um grupo alargado de jogadores portugueses nos plantéis? Ou a redução de equipas nas várias divisões, como há muito defendo para que aumente a competitividade?

Seria essa a melhor maneira de gente com a classe de Bas Dost, Aboubakar ou Jonas ingressar em qualquer clube?

Duvido, mas havendo mais dinheiro para dividir por menos clubes, eventualmente o Moreirense apresentaria jogadores de outro patamar.

Mas também se podia dar o caso de o desemprego entre os treinadores ser ainda maior.

Logo, temos de viver com o que existe e com a natural superioridade dos grandes sobre os outros, a ponto de prever um fosso enorme no final da época e que se confirmam líderes.

Mas sendo o golo o que mais anima o espetáculo é quase certo que aqueles senhores vão deixar milhões de sorriso rasgado.

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