Joana Amaral Dias - 22 ago. 01:30
Muamba
Muamba
Os cadernos eleitorais são opacos e não há observadores.
A primeira e maior questão que se coloca sobre as eleições em Angola é se serão justas e livres. E a reposta, olhando para os dados já lançados é: Não. Absolutamente Não.
Os cadernos eleitorais são opacos, não há observação internacional e não há presença dos partidos da oposição nas estruturas da direção do processo. Há eleitores em Luanda a receber indicação de que deverão votar a mais de mil quilómetros (facto estranho que a Comissão Nacional de Eleições não justifica) e outros desconhecem em que locais o devem fazer.
Há umas semanas, a dita Comissão lançou um cartaz a apelar ao voto no MPLA. Sim, leu bem. A apelar ao voto. Desde que José Eduardo dos Santos chegou ao poder que as eleições em Angola são uma fraude. E estas também serão.
Mas atenção: embora Angola seja uma potência económica e militar na África Austral, a comunicação social não parece preocupada.
Nem sequer a portuguesa, mesmo que tenhamos relações históricas com a terra de Muxima, sendo esta imprescindível para a lusofonia e para as nossas trocas comerciais. É evidente que este desinteresse está relacionado com a dita muamba ou contrabando.
Seria bom que todos - cidadãos, políticos e jornalistas - estivessem conscientes de que, em 38 anos, é a primeira vez que a presidência vai mudar de mãos, mantendo-se ou não o MPLA no poder.
E, a partir daqui, nada mais será como dantes. Lembrem-se.
Os cadernos eleitorais são opacos, não há observação internacional e não há presença dos partidos da oposição nas estruturas da direção do processo. Há eleitores em Luanda a receber indicação de que deverão votar a mais de mil quilómetros (facto estranho que a Comissão Nacional de Eleições não justifica) e outros desconhecem em que locais o devem fazer.
Há umas semanas, a dita Comissão lançou um cartaz a apelar ao voto no MPLA. Sim, leu bem. A apelar ao voto. Desde que José Eduardo dos Santos chegou ao poder que as eleições em Angola são uma fraude. E estas também serão.
Mas atenção: embora Angola seja uma potência económica e militar na África Austral, a comunicação social não parece preocupada.
Nem sequer a portuguesa, mesmo que tenhamos relações históricas com a terra de Muxima, sendo esta imprescindível para a lusofonia e para as nossas trocas comerciais. É evidente que este desinteresse está relacionado com a dita muamba ou contrabando.
Seria bom que todos - cidadãos, políticos e jornalistas - estivessem conscientes de que, em 38 anos, é a primeira vez que a presidência vai mudar de mãos, mantendo-se ou não o MPLA no poder.
E, a partir daqui, nada mais será como dantes. Lembrem-se.