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Deejay Telio: “Como o Anselmo ressuscitou a Kizomba, nós ressuscitámos o estilo batida”

Deejay Telio: “Como o Anselmo ressuscitou a Kizomba, nós ressuscitámos o estilo batida”

Têm todos os requisitos do sucesso, milhares de seguidores nas redes sociais e milhões de visualizações das suas músicas e videoclipes. Apesar disso, mantiveram-se longe dos palcos que ...

Têm todos os requisitos do sucesso, milhares de seguidores nas redes sociais e milhões de visualizações das suas músicas e videoclipes. Apesar disso, mantiveram-se longe dos palcos que conferem reconhecimento aos artistas durante algum tempo. Mas isso está a mudar.

Em 2015, lançaram o álbum Karanganhada e desde então que têm vindo a colecionar hits, shows e reconhecimento. Agora, são convidados a fazer parte dos cartazes dos festivais de verão mais conceituados em Portugal.

O SAPO falou com Deejay Telio e Deedz B, em Lisboa, a poucos dias de participarem em mais um festival, o Fest Mix Balada de Lisboa, que procura distinguir-se pela multiculturalidade do seu cartaz.

Como surgiu o coletivo Somos a Família e qual o papel de cada um?
Éramos jovens com o mesmo objetivo, que era a música. Eu e ele (Deedz B) queríamos ser alguém na música, mas, na verdade, nem todos os membros do grupo tinham o sonho da música. O nosso manager sempre nos acompanhou, fazendo o seu papel. Outros dois fazem a nossa segurança. Outro tinha o sonho do design e hoje trabalha connosco fazendo o design das capas e trabalhos na área audiovisual. Foi assim, bocado a bocado, que fizemos a Família.

Seria possível chegar onde chegaram sem ‘a família’?
Não, nunca. Não consegues nada sozinho. Hoje, posso dizer à minha mãe ou à minha tia que consegui tudo sozinho, mas este “sozinho” é, na realidade, o coletivo.

Estão satisfeitos com aquilo que conquistaram?
Estamos 50/50. Contentes, é claro, mas queremos mais. Temos que ser ambiciosos e nunca ficar satisfeitos. Se ficarmos parados, vamos ficar por baixo, porque os outros vão fazer por chegar mais longe e tu ficas para trás.

Alguns constroem a sua carreira nos palcos, mas vocês construíram a carreira através do Youtube. É este o sucesso que esperavam?
Não estávamos à espera dos resultados descomunais que tivemos. Mas trabalhámos muito para ter o reconhecimento disso. A realidade acabou por superar aquilo que estávamos à espera e muito mais.

O facto de os afrobeats começarem a passar nas rádios em Portugal fez mudar alguma coisa?

A partir do momento em que o nosso som mais polémico fez sucesso (“Que Saf…” - 2015), já não considero que façamos afrobeats, mas sim o nosso próprio estilo, a Karanganhada. Temos de ser sinceros, em 2011/2012, quando a kizomba começou a rebentar, foi o Anselmo que abriu as portas e quem teve olho vivo começou a entrar nas portas que se abriram e hoje continua no mercado. Foi o que aconteceu com o afrobeat/ afrohouse. Em 2010, o estilo já tinha morrido e, em 2015, nós fizemos com que as portas se abrissem com o estilo Karanganhada e todos começaram entrar no estilo de batida. Por isso, eu considero o estilo Karanganhada, para mim já não existe afrobeat. Existem afrobeats, mas cada um dá a sua identidade.

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