expresso.sapo.ptexpresso.sapo.pt - 22 jul. 16:40

Teresa Morais, vice-presidente do PSD: “Não pode haver por parte do Governo uma gestão política da informação”

Teresa Morais, vice-presidente do PSD: “Não pode haver por parte do Governo uma gestão política da informação”

Adensam-se as dúvidas sobre os contornos do incêndio de Pedrógão Grande, diz Teresa Morais. Vice-presidente do PSD exige ao Governo a divulgação da lista de mortos, depois de o Expresso ter noticiado uma nova vítima, e fala em "falta transparência"

"A notícia do Expresso (revelando que há uma vítima não contabilizada) é gravíssima e muito séria. Vem adensar as dúvidas que existem, e são muitas, em relação ao que aconteceu no incêndio de Pedrógão Grande. O Governo tem de vir esclarecer urgentemente quais são os critérios que determinaram a constituição da lista de vítimas", afirma a vice-presidente do PSD, Teresa Morais.

Se não o fizer, o PSD vai propor outra forma de obrigar o Governo a esclarecer, esta semana, o que está a acontecer, uma vez que o Parlamento ainda tem comissões a funcionar, onde os governantes podem dar explicações. Teresa Morais admite esperar por esclarecimentos, após investigações, para explicações sobre falhas técnicas, mas não para uma questão tão delicada como é a das vítimas.

"Não pode haver dúvidas sobre o número de vítimas, e os critérios para as determinar e as colocar na lista. O Governo não tem dado informações por sua iniciativa, e tem tratado o assunto com défice de informação e falta de transparência", acusa Teresa Morais. "Foi por muita insistência do PSD que foi dada informação sobre o estado de saúde dos bombeiros que estavam internados", acrescentou.

O Expresso noticiou este sábado que houve pelo menos 65 mortos no incêndio de Pedrogão Grande, uma vítima acima dos números oficiais, que têm apontado sempre para 64 pessoas. Trata-se de uma mulher que foi atropelada quando fugia do incêndio e cujo nome não aparece na oficial das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande. A lista com 64 pessoas não inclui vítimas indiretas.

“O PSD não tem suspeitas, não especula, não tem, nem tem de ter. Apenas exige ao Governo que, perante uma notícia que adensa dúvidas e preocupações na sociedade portuguesa, esclareça esta situação”, diz Teresa Morais, que não aponta nenhuma razão para que a lista não seja divulgada. A vice-presidente do PSD esclarece inclusive que o seu partido não tem nenhuma investigação paralela em curso.

“É uma questão dramática. Não pode haver por parte do Governo uma gestão política da informação acerca do que aconteceu, como não pode haver por parte dos partidos em geral um objetivo de especulação ou atitude de combate político. Não é isso que pretendemos”, frisa.

O Governo, sublinha Teresa Morais, tem dito que não divulga a lista porque o processo está sob investigação, o que diz a deputada "não é uma explicação aceitável". "Quando alguém morre tem de se investigar, mas o nome da vítima não tem de ser confidencial. Centenas de pessoas, além dos respectivos familiares, sabem o nome das vítimas", sublinha dizendo que se trata de uma posição pessoal e não do PSD.

NewsItem [
pubDate=2017-07-22 17:40:08.0
, url=http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-07-22-Teresa-Morais-vice-presidente-do-PSD-Nao-pode-haver-por-parte-do-Governo-uma-gestao-politica-da-informacao
, host=expresso.sapo.pt
, wordCount=427
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2017_07_22_273951908_teresa-morais-vice-presidente-do-psd-nao-pode-haver-por-parte-do-governo-uma-gestao-politica-da-informacao
, topics=[sociedade]
, sections=[sociedade]
, score=0.000000]