www.jornaleconomico.sapo.ptjornaleconomico.sapo.pt - 22 jul. 20:36

Henrique Neto considera que o PS "falta à verdade"

Henrique Neto considera que o PS "falta à verdade"

Henrique Neto disse à TSF que não se revê no POS de António Costa. Antigo apoiante de António José Seguro, há vários meses que o empresário ponderava a sua saída do partido.

O antigo deputado do PS e ex-candidato à Presidência da República Henrique Neto, anunciou que vai demitir-se do partido num artigo de opinião publicado este sábado no jornal Expresso. O empresário foi sempre muito crítico da subida de António Costa à liderança dos socialistas e não ficou agradado com o facto de a cúpula do partido não lhe ter dado qualquer apoio na candidatura à presidência.

Mesmo assim, Neto era considerado uma mais-valia no interior do PS: a sua rigorosa independência face às ‘cliks’ partidárias e a forma desabrida como criticou sempre qualquer ato partidário que considerasse merecedor de reparos permitiu-lhe granjear uma posição de relevo.

Henrique Neto nunca deixou de criticar aquilo que, no PS, considerava menos bem – ou mesmo mal – nomeadamente no que tinha a ver com área da economia. “O Partido Socialista tem tido neste último ano e meio uma atuação muito pouco criteriosa e faltando frequentemente à verdade”, disse já depois de assinar a crónica no Expresso aos microfones da TSF. Banif, Montepio, Novo Banco ou Caixa Geral de Depósitos são alguns dos dossiês em que o antigo empresário do setor dos componentes de plástico considera que o PS e particularmente António Costa andaram mal.

Há já algum tempo que Henrique Neto havia colocado a hipótese de sair do PS e, pelo que escreveu, a gota de água terá sido a responsabilização que António Costa devia assumir no que diz respeito à tragédia ocorrida no incêndio de Pedrógão Grande.

As divergências com António Costa são antigas: Henrique Neto foi apoiante declarado de António José Seguro quando este disputou a liderança do PS com o atual primeiro-ministro – que, disse-o diversas vezes, terá demasiadas ligações a interesses poderosos nas áreas da economia e da finança. Foram aliás estas ligações, escreveu o empresário na altura, que o levaram a optar pelo lado de Seguro.

Agora, mais de duas décadas depois, Henrique Neto acaba mesmo por abandonar o partido. Foi eleito deputado à Assembleia da República nas legislativas de 1995, exercendo nessa legislatura a função de vice-presidente da Comissão Parlamentar de Economia, Finanças e Plano até ao final do seu mandato, em 1999. No congresso de 2002, apresentou a moção a Pensar Portugal, onde pediu aos socialistas um debate político interno. A partir daí, a sua ‘interatividade’ no interior do partido foi esmorecendo.

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