Magalhães e Silva - 25 jun. 01:30
A dor e a morte
A dor e a morte
Ah! A condição humana e o seu quotidiano de dor e morte.
Mal soou o alarme de incêndio e começou logo a correria de redações, câmaras e locutores de diretos, para encenarem, no terreno, o deboche que ainda dura. Com tudo quanto é político, em funções ou fora delas, a ajudar ao espetáculo feito exorcismo.
É que tragédias como as deste fogo deveriam era convocar, antes e depois de tudo, alguma coragem e dignidade no confronto com o sofrimento e a morte: mistério para cristãos e, em geral, gentes de Fé; razão para revolta, sem vitória possível, para quem sofrimento e morte são injustiças feitas ao homem, mas que – lembrava Camus na Peste – estarão sempre prontas para vir morrer numa "cidade feliz".
E no entanto, viver com recolhimento tanta dor é coisa que não ocorre.
Sem averiguar culpas e responsáveis, dir-se-á logo?
É que tragédias como as deste fogo deveriam era convocar, antes e depois de tudo, alguma coragem e dignidade no confronto com o sofrimento e a morte: mistério para cristãos e, em geral, gentes de Fé; razão para revolta, sem vitória possível, para quem sofrimento e morte são injustiças feitas ao homem, mas que – lembrava Camus na Peste – estarão sempre prontas para vir morrer numa "cidade feliz".
E no entanto, viver com recolhimento tanta dor é coisa que não ocorre.
Sem averiguar culpas e responsáveis, dir-se-á logo?