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As ″profundezas″ do oceano numa exposição em Matosinhos

As ″profundezas″ do oceano numa exposição em Matosinhos

Elisa Ochoa, artista plástica, inaugura, no próximo sábado, uma mostra que ilustra espécies e paisagens marinhas no Museu da Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira, Matosinhos.

Uma viagem até às profundezas do oceano e à descoberta das paisagens que as diferentes espécies marinhas - fauna e flora - constroem é a jornada que a artista plástica Elisa Ochoa oferece com a exposição que inaugura no próximo sábado, no Museu da Quinta de Santiago, em Matosinhos, pelas 16 horas. A entrada custará um euro.

Com a colaboração do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (Ciimar) - que também ajudará a coordenar visitar guiadas à exposição -, a pintora e escultura transpôs a informação dos laboratórios que visitou, abordando o tema da fauna e da flora ao largo de Matosinhos através de cerca de 30 trabalhos, "numa narrativa entre marés até às profundezas".

"Tive uma visita guiada extensíssima ao Ciimar: aos laboratórios, sobre o que é lá desenvolvido e quais as aplicações. Com isso, pude ter conteúdo e material para desenvolver um trabalho artístico sobre, por exemplo, as variantes dos pigmentos das microalgas, que são a origem do oxigénio e sem elas não estaríamos cá. Isso fascinou-me e eu tinha de pegar naquela biblioteca e fazer quase uma analogia entre a arte e a ciência", clarificou a artista. A curadora da exposição é Cláudia Almeida, diretora do museu.

"Queria mesmo chegar a questões prementes e perceber o que existe, de facto, localmente, de fauna e flora, e do Atlântico Norte. A única coisa que queria deixar à minha imaginação e criatividade era a parte estética", reforça Elisa Ochoa.

Escultura em resina foi a obra mais desafiante

De todas as obras expostas, a mais desafiante para a artista foi a escultura em resina de um pargo, em particular por ter sido a primeira vez que Elisa trabalhou com o material. Todas as características reais do animal (escamas, guelras, barbatanas) estão presentes na escultura "como um carimbo", nota a artista. "Era mesmo essencial que fosse real", acrescentou, realçando que a exposição "é uma amostra daquilo que é a magnitude do mar e da casa gigante que é".

O percurso começa com uma sala onde estará uma instalação que cria um jogo de luz cromático, junto ao jardim de inverno do museu. Trata-se de três peças acrílicas, que "também pretendem ser paisagens marinhas". "Algumas são translúcidas e outras opacas, mas são muito coloridas e vão criar nesse jardim uma série de jogos de luz interessantes consoante a incidência da luz solar nas mesmas placas", clarifica Elisa Ochoa.

A exposição prossegue no segundo andar, com várias salas que conduzirão o visitante até ao fundo do oceano.

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