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Visão | Quem são as mulheres de Putin: A ex-mulher, as várias filhas e as amantes

Visão | Quem são as mulheres de Putin: A ex-mulher, as várias filhas e as amantes

Depois de um casamento de trinta anos e de duas filhas, os rumores de duas amantes e várias filhas ilegítimas. Um rol de mulheres em torno da vida íntima do autocrata russo

Apesar de os olhos do mundo estarem postos sobre Vladimir Vladimirovitch Putin, muito pouco se sabe sobre a vida íntima e pessoal deste autocrata russo. No entanto, é conhecida a história do seu casamento com Lyudmila Shkrebneva, uma ex-assistente de bordo com quem foi casado entre 1983 e 2013 e teve duas filhas.

Vladimir Putin em família, com as duas filhas e a mulher Lyudmila Shkrebneva, na década de 1990

Aos 69 anos, Putin continua a manter da forma mais secreta possível a vivência familiar e a existência das duas filhas, hoje ambas na casa dos trinta anos. Mesmo com todos os cuidados, o presidente russo não se livra dos rumores de que uma terceira filha terá nascido de um relacionamento amoroso mais recente.

Andemos para trás na história, até ao tempo em que Putin conheceu Lyudmila Shkrebneva em Leningrado, atual São Petersburgo, cidade onde nasceu, quando um amigo em comum o convidou para ir assistir a uma peça com várias amigas. Nessa altura, início dos anos 1980, Lyudmila começou por ser a amante secreta do ex-agente do KGB. Lyudmila estudou na Universidade Técnica de Leningrado, mas também trabalhou nos correios, numa fábrica de máquinas e como enfermeira antes de se tornar assistente de bordo. Seguiu para a Universidade Estadual de Leningrado para estudar Línguas no Departamento de Filologia. Mais tarde, teve outros empregos, como dar aulas de alemão, trabalhar numa loja de roupa e numa empresa de telecomunicações em Moscovo.

Em 2012, Putin e Lyudmila na catedral de Moscovo, na sua tomada de posso. Crédito: Alexei Nikolsky/Ria-Novosti/AFP via Getty Images

O mistério sempre envolveu os namoros de Vladimir Putin. “Tenho uma vida privada na qual não permito interferência. Deve ser respeitada”, já terá dito Putin. O casamento de 30 anos com Lyudmila Shkrebneva terminou há nove anos, com Putin a admitir que tinha o “hábito de levar uma vida de solteiro”. Lyudmila gostaria de ter tido um papel ativo na sociedade russa, combinado com as funções do marido, mas por ele achar que ela deveria “ser mais modesta e não se destacar”, Lyudmila ficou sempre na sombra. Com Putin a trabalhar 16 e 17 horas por dia a vida familiar foi muito prejudicada e, no verão de 2013, poucas semanas antes do 30º aniversário de casamento, consumava-se a separação. “O nosso casamento acabou devido ao facto de mal nos vemos. Vladimir está completamente submerso em trabalho. Os nossos filhos cresceram, cada um está a viver a sua própria vida… E eu realmente não gosto de publicidade”, terá dito Lyudmila.

A ex-primeira dama russa, hoje com 64 anos, pouco aparecia em público, só quando o protocolo político e diplomático o obrigavam, raramente parecendo confortável.

DESCENDÊNCIA INCOMPROVADA

A primogénita Mariya Vorontsova (ou Masha) nasceu em abril de 1985 também em Leningrado, mas a sua irmã mais nova Yekaterina (ou Katya, ou Katerina), nascida em agosto de 1986, foi dada à luz na Alemanha, quando a família para lá se mudou durante o tempo de Putin com agente do KGB. Na década de 1990, quando a família se mudou novamente para Moscovo em 1996, as meninas frequentaram uma escola de língua alemã. Ambas terão andado na escola até Putin se ter tornado presidente interino, e aí passaram a ter aulas em casa. Segundo Lyudmila, o pai sempre foi amoroso com as filhas e sempre as mimou, enquanto ela tinha em mãos a sua disciplina.

Na primavera de 1985, aquando do nascimento da primeira filha do casal

Usando identidades falsas, as filhas cresceram e prosseguiram os estudos e a vida pessoal. Maria, 36 anos, estudou Biologia e frequentou a faculdade de Medicina em Moscovo, onde é investigadora e lidera uma iniciativa russa de inteligência artificial. A morar na capital russa com o marido, Jorrit Faassen, um empresário holandês, acredita-se que tiveram dois filhos, nascidos em 2012 e 2017. O próprio Putin, em 2017, disse ao cineasta Oliver Stone que era avô. E, quando o realizador perguntou se ele brincava com o neto, Putin respondeu: “Muito raramente, infelizmente”.

Maria Vorontsova, 36 anos, estudou Biologia e frequentou a faculdade de Medicina em Moscovo, onde é investigadora

Katerina Tikhonova (usa o apelido da sua avó materna, mas outros, como Putina e Shamalov, também lhe são atribuídos), 35 anos, licenciou-se em Estudos Asiáticos e das duas filhas é a mais mediática, dentro de toda a discrição possível. Em junho de 2021, a vice-diretora do Instituto de Pesquisa Matemática de Sistemas Complexos da Universidade Estadual de Moscovo apareceu, por videoconferência, no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, na Rússia – o equivalente no país ao Fórum Económico Mundial, em Davos. Antiga dançarina acrobática, Katerina foi casada com o bilionário mais jovem da Rússia, Kirill Shamalov, mas separaram-se em 2018, após uma relação de cinco anos. Profissionalmente, mantém o cargo sénior na Universidade Estadual de Moscovo, à frente de uma incubadora de startups no valor de 1,7 mil milhões de dólares (€1,51 mil milhões).

A ligação de Vladimir Putin a Alina Kabaeva, ex-ginasta rítmica russa, ganhou importância graças aos rumores de que o presidente russo teria até mais cinco filhos que teriam nascido desse namoro secreto. Alina teria dado à luz Dmitry, em 2008, uma filha em 2012, outra criança em 2015 e gémeos em 2019. Mas, nem o namoro, nem os supostos filhos alguma vez foram confirmados.

Em 2004, uma fotografia mostra o presidente russo sorridente a cumprimentar a atleta durante um encontro com os candidatos à equipa olímpica russa para os Jogos Olímpicos de verão na residência presidencial em Novo-Ogaryovo, nos arredores de Moscovo. Nessas Olimpíadas de Atenas, Alina Kabaeva ganhou uma medalha de ouro antes de se retirar do desporto e entrar para a política. Parlamentar pró-Kremlin, trinta anos mais nova do que Putin, foi apontada como a causa mais plausível para o fim do matrimónio de Putin com Lyudmila Shkrebneva. Na altura, o ditador da vizinha Bielorrússia, Alexander Lukashenko, deu a entender que a decisão de divórcio de Putin aconteceu porque Alina Kabaeva “pressionou o presidente”, tudo desmentido pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa entrevista na televisão russa.

Mais uma filha ilegítima é atribuída a Putin: Elizaveta (conhecida como Luiza Rozova) terá nascido, em 2003, do relacionamento extraconjugal com Svetlana Krivonogikh, empregada de limpeza que se tornou multimilionária e cujo nome surgiu na lista dos Panama Papers

Elizaveta-Krivonogikh, alegada filha ilegítima de Putin com a empregada de limpeza que se tornou multimilionária

Contra todas as atitudes que tem tido ao longo de décadas, no fim de 2020, quando surgiram as primeiras vacinas contra a Covid-19, Vladimir Putin também anunciava a existência de uma vacina russa e que uma das suas filhas, sem especificar qual, já teria sido inoculada com duas doses, participado assim nos estudos preliminares. “Ela está a sentir-se bem e tem um elevado número de anticorpos”, revelou o líder russo, num reconhecimento raro da existência de descendência.

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